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60 anos de história no Rali Vinho Madeira

A emoção e a competitividade estão sempre presentes na ilha da Madeira, quando se disputa uma das provas mais apreciadas, não só a nível nacional, mas também em termos europeus. Embora hoje o estatuto da prova madeirense seja outro, depois de ter brilhado no escalão mais alto da Europa dos ralis, as suas especiais de classificação e o ambiente que se vive na ilha são sempre inesquecíveis. Há quem afirme que o Rali Vinho Madeira é para especialistas em asfalto, com uma condução rápida e precisa, ao longo das sinuosas e seletivas 19 especiais de classificação, que vão atrair todas as atenções daqueles que acompanham de perto esta competição. Não são só os madeirenses que gostam mesmo do seu rali. Quem disputou, ou acompanhou diferentes edições da prova do Club Sports da Madeira, não fica indiferente ao entusiasmo e a uma vertente competitiva que eleva a emoção à máxima potência. O clube organizador pode estar orgulhoso dos seus 60 anos de história, tendo a consciência que já organizou uma das melhores provas de asfalto da Europa.

MUITOS CANDIDATOS À VITÓRIA

Com uma lista de inscritos bastante simpática, existem dois nomes que já triunfaram na Madeira por 4 vezes. O italiano Giandomenico Basso e o português Bruno Magalhães são os mais vitoriosos, que este ano podem desempatar. Basso, skoda Fabia R5, veio de uma excelente vitória no Rali de Roma, prova pontuável para o ERC e Bruno Magalhães, vice-campeão europeu, está sequioso de conquistar uma vitória, embora a adaptar-se constantemente ao seu Hyundai i20 R5. Para além destes nomes, o espanhol Pepe López em Citroen C3 R5 é seguramente um candidato a vencer, embora com menos experiência nos traçados da madeira. Com uma experiência essencial para chegar à vitória, existem 4 concorrentes locais que são naturais candidatos. Alexandre Camacho (Skoda), Miguel Nunes (Hyundai), Pedro Paixão (Skoda) e João Silva (Citroen), são nomes capazes de chegar ao triunfo e que vão fazer a vida cara aos principais concorrentes provenientes do continente, mas que estão a pensar nos preciosos pontos para o CPR, deixando seguramente de se intrometer nas lutas que estes concorrentes irão disputar.

CPR AO RUBRO, COM RICARDO TEODÓSIO NO COMANDO

O Campeonato de Portugal de Ralis entrou na fase de asfalto e o Rali Vinho Madeira é uma etapa demasiada importante para se marcarem diferenças. Ricardo Teodósio (Skoda) e Armindo Araújo (Hyundai) são os principais candidatos ao título, não só porque contam com duas vitórias cada um, em cinco ralis disputados, mas porque a principal concorrência está algo longe. Teodósio comanda com 109,8 pontos, mais 21,74 pontos de avanço em relação a Armindo Araújo, mas o piloto algarvio da ARC Sport tem ainda de indicar um rali onde não irá participar este ano, ao contrário de Armindo Araújo que esteve ausente nos Açores. Estes dois protagonistas nacionais, que se deverão controlar mutuamente ao longo do rali, podem ainda preocupar-se com Bruno Magalhães (Hyundai) com 65 pontos e Miguel Barbosa (Skoda) com 56,82 pontos, que poderão brilhar ao mais alto nível nos troços madeirenses. Livres de pressões, José Pedro Fontes em Citroen, necessita urgentemente de mostrar resultados, Pedro Meireles em ano azarado, quer mostrar as qualidades do seu novo VW Polo GTI e ainda João Barros que regressa à competição após longa paragem. Agora ao volante de um Skoda Fabia R5 preparado pela ARC Sport. Espera-se, portanto, por um Rali Vinho Madeira muito emotivo e com diversos pontos de interesse, em ano especial de comemoração dos seus 60 anos.

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