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Sordo e Meeke quase empatados em Castelo Branco

Os espanhóis Dani Sordo e Candido Carrera, são os líderes do Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão no final do primeiro dia de competição. Os representantes da Hyundai Portugal evidenciaram-se pela rapidez e consistência e concluíram a jornada de abertura da ronda organizada pela Escuderia Castelo Branco na liderança. A vantagem é, porém, muito pequena. Kris Meeke e Stuart Loudon, em Toyota, fecharam o dia na segunda posição a apenas três décimas de segundo dos primeiros classificados. José Pedro Fontes e Inês Ponte, em Citroën, fecham a etapa inaugural na terceira posição, mas a distância que lhe garante esse lugar é ainda mais pequena. Armindo Araújo e Luís Ramalho, em Skoda, estão em quarto a 0,1 segundos dos adversários do C3 R5.

Naquela que é a primeira prova de asfalto do Campeonato de Portugal de Ralis, Kris Meeke chegou à capital da Beira Baixa na frente da classificação do mesmo e com o objectivo de manter a posição e, se possível, consolidar a mesma. Mas o britânico que corre com o Yaris da Toyota Portugal sabia que a concorrência preparou o arranque desta fase com o intuito de diminuir a diferença e tornar a luta pelo título ainda mais interessante.

Ainda assim, Meeke, mostrou ao que vinha. Depois do melhor tempo no shakedown, o piloto inglês aproveitou o momento e estabeleceu a melhor marca na especial inaugural do Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão. Seguiu-se Dani Sordo e, Pedro Almeida, que vinha de uma vitória na ronda anterior e estava em Castelo Branco para voltar a lutar pelos lugares do pódio.

No troço seguinte, o espanhol da Hyundai respondeu a Meeke e venceu o troço. Tirou dois segundos ao seu adversário e subiu para o primeiro lugar da classificação geral. Almeida voltou a ser terceiro e consolidou o estatuto de melhor português, enquanto o campeão açoriano, conseguiu o quarto tempo. Este é um feito notável na medida em que é a sua estreia em ralis de asfalto.

Na derradeira classificativa da tarde, Sordo e Meeke voltaram a ficar com os dois melhores tempos, respectivamente. José Pedro Fontes, em Citroën, fez o terceiro tempo, enquanto Armindo Araújo e Hugo Lopes (Hyundai) foram quarto e quinto. Destaque pela negativa para Pedro Almeida que, depois de cimentar o terceiro posto, não evitou um toque que provocou um furo numa das roda do Skoda e perda inevitável de tempo. O famalicense caiu para sétimo, enquanto Araújo subiu a terceiro, Fontes passou para quarto e Rodrigues ascendeu a quinto. Na frente, ficou tudo igual com Sordo a entrar para a super-especial “Reconquista” com três segundos de vantagem sobre Meeke.

Quando a caravana do Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão entrou na cidade capital da Beira Baixa, já o sol se despedia e os concorrentes fizeram-se às ruas para cumprirem duas passagens pelo traçado com 2,5 quilómetros de comprimento. Meeke foi sempre mais rápido e recuperou 2,7 segundos na soma das duas passagens. Fontes foi sempre o quinto mais veloz e beneficiou de um engano de Araújo para subir ao terceiro posto. O piloto de Santo Tirso enganou-se numa das rotundas do percurso e perdeu mais de seis segundos para o vencedor da primeira super-especial. Ainda assim, perdeu apenas uma posição na classificação.

Quando confrontado com a pequena diferença entre os dois, Kris Meeke não se mostrou surpreendido. “É assim entre nós há 20 anos. Está a ser fantátisco. Os troços são muito técnicos, bastante estreitos e super rápidos, com médias de 123 e 124 km/h em estradas apertadas. O Dani foi mas rápido nos últimos troços da tarde. Conseguimos recuperar na super-especial e vamos para o dia de amanhã quase empatados. Vai ser uma batalha muito interessante”, explicou o britânico.

Fazer os troços todos e estarmos separados por apenas 0,3 segundos é impressionante. Chegámos à super-especial com três segundos e o Kris conseguiu recuperar quase toda a desvantagem. Amanhã vamos ter de apertar porque três décimas não é nada. Estes troços não são bem ao jeito dos que mais gosto, embora sejam muito mais bonitos do que esperava. Vai ser complicado”, disse Dani Sordo que está satisfeito com o comportamento do Hyundai, embora “sinta algumas dificuldades em zonas mais enroladas, como a super-especial”.

Por sua vez, José Pedro Fontes estava “mais satisfeito com o resultado do que com a exibição”, disse, não porque tenha alguma explicação para tal, mas acredita que no dia de amanhã pode estar mais competitivo e discutir o pódio com Armindo Araújo e os demais.

Sousa lidera nas duas rodas motrizes

A classificação dedicada aos carros com duas rodas motrizes está a ser comandada por Ricardo Sousa e Luís Marques (Peugeot). Os líderes têm 4,8 segundos de vantagem sobre Henrique Moniz e Jorge Diniz, enquanto Pedro Silva e Pedro Santana surgem no terceiro lugar, com 6,9 segundos de desvantagem para os primeiros classificados.

Danny Carreira e Marco Vilas Boas (Peugeot) são os melhores do Campeonato Junior, enquanto Adruzilo Lopes e Vítor Hugo (Mitsubishi) comandam as contas do Campeonato Promo. Nos Masters, a liderança é de Paulo Neto e Nuno Mota Ribeiro (Skoda).

O Clio Trophy Portugal conta, nesta ronda do campeonato, com sete equipas inscritas. Neste momento, a que mais se destaca é a dupla João Rodrigues/Bruno Carvalho que lidera com mais de 20 segundos para os que se seguem na classificação.

Amanhã, o Rali Castelo Branco e Vila Velha de Ródão tem mais oito especiais, com a derradeira classificativa, a Power Stage de Castelo Branco, a começar às 21h33.

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