Entre 31 de julho e 2 de agosto, a Madeira prepara-se para mais do que um rali. Esta será a 66.ª edição de uma celebração de velocidade, técnica e paixão que corre entre o verde das serras e o azul do oceano, onde cada curva conta uma história e cada troço revela o íntimo da ilha.
Com 97 inscritos, o Rali da Madeira volta a afirmar-se como um dos eventos de maior prestígio no calendário nacional e europeu. O Club Sports da Madeira, que desde 1959 organiza esta prova, apresentou uma lista de inscritos marcada pela qualidade e diversidade. Estão confirmadas 24 viaturas Rally2, 7 RGT, 26 Rally4,e os mais de vinte concorrentes da Peugeot Rally Cup Iberica, oferecendo um espetáculo competitivo de excelência que tomará conta das estradas em cada etapa.
Dani Sordo, estrela espanhola da Hyundai, chega com a força de uma vitória em Castelo Branco e um entusiasmo contagiante: “Representa um desafio aliciante por tudo o que vou descobrir ao longo da prova.” Ao seu lado alinham figuras consagradas como Kris Meeke, Simone Campedelli, Diego Ruiloba e Armindo Araújo, quem até hoje persegue uma vitoria em terras madeirenses todos eles prontos a desafiar as sinuosas estradas da Madeira, onde nada é garantido e tudo pode mudar num piscar de olhos.
A armada nacional inclui nomes como Ricardo Teodósio, que promete espetáculo enquanto testa novos pneus Hankook — “Estamos aqui para dar espetáculo e testar os novos pneus Hankook, que prometem fazer a diferença.” José Pedro Fontes, de regresso à sua prova favorita – “Voltar à Madeira é sempre especial, é a minha prova favorita.”
A expectativa estende-se ao campeão açoriano Rúben Rodrigues, estreante na Madeira e determinado em somar pontos cruciais — “Estrear-me na Madeira é um desafio, mas estou focado em somar pontos cruciais para o campeonato nacional.” Ernesto Cunha complementa a armada com consistência e combatividade — “A consistência é a chave, e estamos prontos para lutar até ao fim.”
No emocionante Campeonato Masters, vive-se uma batalha acesa entre dois veteranos. Paulo Neto garante: “Cada travagem e aceleração é uma batalha, mas é isso que nos motiva,” enquanto Pedro Meireles sublinha: “A experiência conta, mas a garra é o que faz a diferença.”
Também os talentos da casa elevam a fasquia. Miguel Nunes, líder regional e profundo conhecedor dos traçados insulares, explica: “Conhecer os traçados insulares é uma vantagem, mas a competição é sempre feroz.” Já João Silva, em adaptação ao novo Toyota GR Yaris Rally2, confidencia: “Ainda estou a adaptar-me ao Toyota GR Yaris Rally2, mas cada quilómetro é uma aprendizagem.” E Alexandre Camacho, recordista de triunfos, projeta: “Procuramos mais um momento de glória, e a Madeira é o palco perfeito para isso.”
Viaturas como o Skoda Fabia RS, Toyota GR Yaris Rally2, o Citroën C3 Rally2 e o Hyundai i20N Rally2 prometem uma luta renhida em todas as classes, da potência dos Rally2 ao equilíbrio dos Rally4 e à elegância dos RGT da Porsche e Alpine. As equipas, incluindo as experientes ARC Sport, Sports & You, The Racing Factory e Racing 4you chegam preparadas para maximizar desempenho, enquanto o novo sistema de pontuação da FIA European Rally Trophy abre caminho para surpresas entre os menos favoritos.
Não há prova como esta. O rali percorre encostas cobertas de laurissilva, desce ravinas com o mar como horizonte e atravessa aldeias suspensas entre nuvens. A beleza das classificativas como Campo de Golfe, Santana, Rosário ou a Super especial de quinta feira á noite na Cidade do Funchal, transforma cada quilómetro numa viagem sensorial. O cheiro da ilha, a brisa atlântica e o calor humano de milhares de espectadores tornam este evento numa verdadeira comunhão entre máquina e paisagem.
Na Madeira, o rali não é apenas competição, é celebração. É o momento em que os motores falam a língua da ilha, em que a poeira dança com as flores e os espectadores vestem a emoção como se fosse a própria camisola. Que venha a festa!
