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Cautelas de Armindo Araújo valeram precioso triunfo

A dupla Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Rally2 Evo) conquistou, esta sexta-feira, a vitória na prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) do Vodafone Rally de Portugal, ao concluir as oito classificativas do programa com uma vantagem de 13.9 segundos em relação a Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia Rally2 Evo), que graças a este segundo lugar passam a ser os novos líderes do Campeonato.

“Foi um dia em que fomos calculistas quando necessário, defendendo a nossa posição em algumas situações e atacando noutras, pois as classificativas estavam bastante demolidoras e eram muitos os carros de pilotos desistentes na beira da estrada. Não foi uma jornada fácil, mas cumprimos o objetivo principal que era vencer no CPR e, por isso, estamos muito contentes. Desde o meu regresso, após o acidente em Fafe, que as coisas têm corrido bastante bem e só tenho que me congratular não apenas pelo meu trabalho e do Luís Ramalho, mas também da equipa”, afirmava Armindo Araújo, autor de uma excelente prova, ao superar sem sobressaltos as dificuldades inerentes à primeira etapa da prova portuguesa do WRC.

Tal como seria previsível, Kris Meeke (Hyundai i20 N Rally2), do Team Hyundai Portugal, imprimiu um ritmo muito forte, somando um minuto de diferença face aos seus colegas portugueses do CPR, mas a rotura da suspensão no início da segunda passagem pelos troços de Lousã, Góis e Arganil deixou-o fora de “combate”. Até aí era Miguel Correia a destacar-se ligeiramente de Armindo Araújo, mas um furo em Arganil 2 fê-lo perder 35 segundos e aquele último subia, então, à liderança.

“Tive azar com o furo, é verdade, mas são situações que fazem parte dos ralis. De qualquer modo, andei a um excelente ritmo, somei mais três pontos extra na Power Stage e chego ao final da etapa com 20 pontos de vantagem na frente do campeonato. Portanto, saio daqui satisfeito e bastante moralizado para as restantes provas da época”, referia, radiante, o piloto de Braga.

Para o Team Hyundai Portugal foi um rali para esquecer, já que depois do abandono de Meeke seguiu-se o de Ricardo Teodósio, quando este ainda tinha uma palavra a dizer na discussão dos primeiros lugares. “Partiu-se um parafuso da manga do eixo traseiro esquerdo. Estava a fazer uma boa prova e ainda poderia melhorar o ritmo quando surgiu aquele azar…”, lamentou o piloto algarvio. A discussão do terceiro lugar foi interessante de seguir, entre Bernardo Sousa e Pedro Almeida, acabando por ser favorável ao piloto do Citroen, cujo único percalço se resumiu a ter seguido em frente num dos troços de Arganil, perdendo aí algum tempo. “Fiquei satisfeito com o meu ritmo, mesmo sem arriscar demasiado e nem me lembrei que Mortágua era a power stage, mesmo assim fui segundo…”, comentava o piloto madeirense. Pedro Almeida também tinha razões para se sentir satisfeito, atendendo a que andou sempre no grupo da frente e ele próprio confessava: “Os troços estavam muito danificados e tive que poupar o carro, mas foi a primeira vez no Rali de Portugal que passei da hora de almoço. Andei bem, só foi pena ter falhado duas passagens de caixa em Mortágua, mas, mesmo assim, foi o meu melhor rali deste ano”.

Penalizado por um furo na primeira passagem por Góis, onde perdeu 5 minutos, Pedro Meireles (Hyundai i20 N Rally2) afundou-se na classificação, enquanto José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2), que chegou a discutir o quarto lugar com Pedro Almeida, devido a problemas de embraiagem também acabou por acumular um atraso considerável. E se Diogo Salvi (Skoda Fabia R5) desistiu na segunda passagem pela Lousã, Lucas Simões, mesmo com o motor do Ford Fiesta R5 a falhar, entre outros problemas mecânicos, conseguiu terminar a prova a acumular mais umas dezenas de quilómetros de experiência.

Este sábado, entram em ação os pilotos do CPR 2RM (duas rodas motrizes), disputando os sete troços cronometrados da segunda etapa (148,88 km), sendo que a Power Stage será a segunda passagem por Felgueiras (8,91 km), antes do encerramento da etapa, na Super-Especial (3,36 km) no circuito de Lousada.

Classificação final (oficiosa)

1º, Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Rally2 Evo), 1.30.51,5

2º, Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia Rally2 Evo), a 13.9s

3º, Bernardo Sousa/José Janela (Citroen C3 Rally2), a 54.9

4º, Pedro Almeida/Mário Castro (Skoda Fabia Rally Evo), 1.04.0

5º, Lucas Simões/Nuno Almeida (Ford Fiesta Rally2), a 3.34.3

6º, José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3 Rally2), a 19.26.1

7º, Pedro Meireles/Pedro Alves (Hyundai i20 N Rally2), a 33.17.2

CPR/Absoluto (oficiosa)

1º, Miguel Correia, 82 pontos

2º, Ricardo Teodósio, 62

3º, José Pedro Fontes, 52

4º, Armindo Araújo, 48

5º, Pedro Almeida, 46

6º, Lucas Simões, 34

7º, Craig Breen, 28

8º, Kris Meeke, 28

9º, Bernardo Sousa, 27

10º, Pedro Meireles, 25

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